Quando se fala em equilíbrio,
alguém pode até responder:
"Para mim é uma figura circense elástica sobre uma corda bamba".
Pois é preciso a tensão certa dos músculos, o ângulo certo dos pés, dos braços, do pecoço.
E, embora haja esforço ali, para nós, na platéia, aquela mulher de saiote ou aquele homem de malha colorida na corda bamba é pura beleza, e tudo está em seu lugar.
Ao mesmo tempo, a imagem da corda bamba é um tanto radical - todos sabemos bem o que significa a expressão "andar na corda bamba".
Mas pense em outra imagem:
Pedras que, com algum esforço e vários insucessos, as pessoas empilham para formar muros e esculturas temporárias. Pedras não têm pés nem braços...
quando aceitam se equilibrar ali, é porque as leis físicas foram respeitadas.
Ao colocar pedra sobre pedra, às vezes pode desestabilizar o sistema e daí a pilha de pedra cai...
Mas, enquanto estão ali, elas são puro equilíbrio e relaxamento, mesmo quando aos nossos olhos o sistema parece frágil.
Na vida..... da mesma forma... As coisas se acomodam em seu equilíbrio, por ora, por algum tempo...
O ideal é um lugar intermediário entre a pilha de pedras e o acrobata na corda bamba. Ser às vezes as duas coisas, numa espécie de serenidade com músculos!
Mas qualquer equilíbrio também prevê o tombo... as oscilações e rolamentos, deslocamentos...
Equilíbrio não é estabilidade nem imobilidade.
Equilíbrio é, também... perder o equilíbrio, e acatar os aplausos ou até a vaia.... se o for o caso!
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